As imagens acima, feitas por satélites da Nasa, flagraram um fenômeno
interessante. Em quase todos os dias do mês de julho, fotografaram uma
nuvem de poeira saindo do Sudão e cobrindo parte do Mar Vermelho. Em
todos os dias, a pluma de poeira tem um formato semelhante, como um arco
sobre o mar.
Os pesquisadores procuraram explicar o formato da nuvem de poeira. Ela
surge a partir dos ventos que varrem o deserto do Sudão. Eles vêm do ar
úmido das florestas tropicais ao sul. A poeira, então ganha a direção do
leste. O curva da nuvem de poeira ocorre porque, sobre o Mar Vermelho,
os ventos na direção sul predominam nesta época do ano.Tempestades de areia e nuvens de poeira com essas partículas podem viajar grandes distâncias. E ter efeitos benéficos. O Brasil é beneficiado por um fluxo constante de poeira que viaja desde o deserto do Saara até a Amazônia. Sobre nossa floresta, essas pequenas partículas de poeira africana encontram ar úmido evaporado dos rios e da vegetação, e ajudam a formar as gotículas das nuvens de chuva que alimentam o ciclo de vida na região.
A foto abaixo, de 2010, mostra a nuvem de poeira saindo do Saara sobre as Ilhas Cabo Verde, no Atlântico.
Nuvem de areia do Saara chega à América do Sul (Foto: Nasa/Divulgação)
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